Turismo X Violência no Rio


Destino muito popular entre estrangeiros e brasileiros, o Rio de Janeiro desperta o interesse por sua privilegiada natureza e infinidade de atrações. Na Cidade Maravilhosa é possível passar o dia nas praias, em parques ou em museus, e curtir a noite num bar, num show ou num teatro. Mesmo diante de tantas possibilidades, surge a questão da segurança e a pergunta: o Rio de Janeiro é perigoso?

A capital fluminense talvez não seja mais perigosa que qualquer outra grande cidade brasileira. No entanto, a visibilidade que o Rio detém, em função de sua importância econômica e turística, torna a cidade sempre motivo de notícia – para o bem e para o mal.

Infelizmente é verdade sim. Não só o Rio de Janeiro como São Paulo, Fortaleza e outras capitais brasileiras sofrem com esse tipo de violência. Mas existem providências que você pode tomar para reduzir os riscos. Vejamos...

Cuidados quando for à praia
Se possível, tente ir à praia durante a semana. Além de se estar mais tranquilo, o risco de ser vítima de um arrastão é menor. Embora não tenha uma “regra”, esses roubos em massa normalmente ocorrem aos finais de semana e em feriados prolongados, especialmente no verão, quando as areias estão lotadas.
Além disso, vá à praia com o mínimo de dinheiro possível, levando basicamente o necessário para os seus gastos do dia, e sem objetos de valor, especialmente joias.

Golpes no acesso ao Cristo Redentor

Atração nº 1 do Rio de Janeiro – quiçá do Brasil! –, o Cristo Redentor, no morro do Corcovado, é parada obrigatória para quem visita a cidade, pelo menos na primeira vez. Aqueles que não o conhecem podem ter dúvidas sobre a maneira de acessá-lo – afinal, chega-se ao Cristo a pé, de carro ou de trem – e acabar caindo em golpes.
Nas ruas do Cosme Velho, bairro que dá acesso à atração, golpistas abordam turistas afirmando que o trem não está funcionando, tentando convencê-los a ir de van por um preço mais camarada – e que, no fim das contas, não sai mais barato.

A empresa oficial das vans, a Paineiras Corcovado, tem três pontos de embarque: Copacabana, Largo do Machado e Paineiras.

O ponto de embarque do Trem do Corcovado é por um acesso a partir da rua Cosme Velho. Mas atenção: não é mais possível comprar o ingresso na hora, somente antecipadamente, o que pode ser feito tanto no site oficial quanto nos quiosques da Riotur, em Copacabana e no Centro. E não acredite na conversa de possíveis golpistas, o trem funciona 365 dias por ano.

Centro do Rio somente durante o dia

Por ter sido capital do país por quase 200 anos e em três fases históricas – Colônia, Império e República – o Rio de Janeiro é um prato cheio para quem curte passeios culturais.
É no Centro da cidade que estão alguns lugares que marcam momentos importantes do Brasil, como o Mosteiro de São Bento, erguido no século 16, e ainda em funcionamento; o Paço Imperial, antiga residência de D. João VI e hoje um importante centro cultural; e o Theatro Municipal, palco de importantes manifestações artísticas desde sua inauguração, em 1909. Como em toda cidade grande no Brasil, o centro do Rio deve ser evitado após o anoitecer e também aos sábados e domingos.
Se tiver apenas o final de semana para curtir o Rio de Janeiro e fizer questão de passear pelo Centro, saiba bem a localização dos lugares que pretende conhecer para não ficar perambulando por ruas sem movimento, ou faça o passeio de táxi.

Lapa à noite, sem objetos de valor

Conhecido como o principal bairro boêmio da capital fluminense, a Lapa é o ponto de encontro de cariocas e de turistas interessados em tomar um chope, provar um petisco e curtir uma roda de samba. Dois lugares que traduzem bem esse espírito são o Rio Scenarium e o Carioca da Gema, bares onde rolam shows de samba quase todos os dias da semana.
Como, infelizmente, a Lapa não está livre de assaltos, evite andar sozinho por ali à noite e, ao percorrer o bairro, o faça sem carregar objetos de valor. Aliás, isso vale para todas as regiões da cidade.
Durante o dia, os lugares que atraem visitantes são os Arcos da Lapa, aqueduto construído no século 18, um dos símbolos do Rio de Janeiro, e a Escadaria Selarón, obra do artista chileno Jorge Selarón, composta por pequenos ladrilhos coloridos e que liga a Rua Manuel Carneiro, na Lapa, à Rua Joaquim Silva, em Santa Teresa.
Mesmo sendo pontos bastante turísticos, é bom ter cuidado na hora de visitá-los, evitando de ir após o entardecer e não dando bobeira com câmeras ou celulares na mão.

Atenção aos furtos e roubos

Talvez exista mais chance de o turista ser vítima de uma abordagem repentina do que de um assalto à mão armada. Além dos arrastões, essa é uma prática um tanto quanto comum no Rio, em especial nos calçadões à beira-mar da Zona Sul.
A pé ou de bicicleta, o assaltante surge de repente e arranca o que o pedestre tiver de valor, seja corrente, relógio, celular, câmera ou óculos de sol. Fique esperto porque isso também pode acontecer dentro dos ônibus: o passageiro sentado à janela e o ladrão na calçada. Assim, por mais estonteante que o visual da Cidade Maravilhosa seja, evite contemplá-la de modo muito distraído.

Deixe o carro em casa

As principais atrações do Rio podem facilmente ser acessadas utilizando transporte público e, ainda que não tão abrangente como o esperado, o metrô atende parte da Zona Sul e do Centro, áreas que concentram boa parte do que certamente você pretende visitar, e os ônibus chegam a todos os cantos da cidade.
Além de ter um trânsito caótico, já avaliado como o 3º pior do mundo, o Rio apresenta algumas “pegadinhas”, como ter vias onde os assaltos a carros são mais comuns, caso da Linha Vermelha, por exemplo. Sem conhecer muito bem a realidade do tráfego, melhor mesmo é circular de outras maneiras.

Resumindo

Existem providências que você pode tomar para reduzir os riscos: não ostente, não use jóias, nem mesmo aquelas bijuterias finas, relógios, tenha cuidado com câmeras fotográficas e celulares; só os use na hora apropriada e de preferência em lugares mais reservados. Evite andar sozinho e em lugares ermos e à noite. Quando sair, leve pouco dinheiro e apenas um cartão e um documento. E fique sempre atento ao movimento ao seu redor.
Mas, seja como for, não deixe de ir, pois, o Rio de Janeiro é realmente a Cidade Maravilhosa. Já morei lá por alguns anos e vou com alguma frequência sem maiores problemas. Estive agora em abril de 2018 e notei uma Copacabana muito bem policiada. Me senti mais seguro que em Porto Alegre.

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